O dólar registrou sua terceira semana consecutiva de desvalorização, acumulando uma queda em torno de 7% neste ano. Apesar disso, a moeda ainda se mantém em um nível elevado, encerrando esta sexta-feira (21) cotada a R$ 5,7156 na venda.
Segundo a economista e professora da Fundação Getulio Vargas (FGV), Carla Beni, essas flutuações cambiais ainda não impactaram a economia de forma significativa no curto prazo.
A especialista comentou que a moeda americana começará a refletir nos preços quando sua cotação cair abaixo de R$ 5,70.
“O dólar é um fator gerador da inflação de custos, contribuindo consideravelmente para o aumento geral dos preços. É necessário que ele mude de patamar para que haja um reequilíbrio nesse processo”, destacou Beni.
A expectativa é que as variações cambiais afetem produtos como alimentos, bebidas e transporte, especialmente devido ao aumento nos preços dos combustíveis.
“Estando o dólar na faixa de R$ 5,70, ele também exerceria influência na inflação, pois o câmbio é um elemento que integra o aumento de custos”, acrescentou.
“Essas oscilações de curto prazo não têm um efeito duradouro na economia; é preciso que haja uma mudança de patamar para uma influência mais consistente”, enfatizou Beni.
